segunda-feira, outubro 31, 2011

LÁPIDE
 
Esse lugar fechado.
Cubículo sem janela.
Pequena grade no alto,
muito alto.
 
Essa latrina,
esse buraco.
Cheiro de fezes,
cheio de esgoto.
 
Essa cama,
essa lápide.
Gelada e rígida,
feito a morte.
 
E as paredes
que de pedra
me cercam,
são mundos...
submundos.
 
Não há saída.
Não para fora.
Há saídas para dentro,
inconscientemente
contar o tempo.
 
Um para sempre
já sabido.
Enquanto houver vida
nesse decrépito corpo.
 
Um dia após o outro.
 
(Janaína da Cunha Soares/Hyanna – 10/06/2009)

Um comentário:

Anônimo disse...

doido demais.... quase uma prisão com saida apenas nos proprios pensamentos...