sexta-feira, dezembro 23, 2011

Eu escrevo com o coração
Pintando meus pensamentos
Repartindo com quem lê
A emoção que existe dentro de mim...

Não há limites, nem ambições
Só sentimentos num pedaço de papel
Descrevendo em palavras cada gesto, cada sorriso

Em cada palavra, cada linha
Deposito um pedaço de mim
Não tenho pretensão que seja belo, valoroso
Só que seja eu...

André Luiz Costa de Carvalho - 23/12/2011

sábado, novembro 26, 2011

Possuidora de uma doçura infinita
De um olhar simples, gentil
De coração caloroso e acolhedor
Assim ela é

Por um tempo esquecida
Perdida em afazeres triviais
Anulando sua vontade
Questionando seu valor

Hoje redescoberta
Busca mais do que tem
Tenta ir além de seu pequeno cosmo
Buscando conhecer novas galáxias

Não uma menina, uma mulher
Determinada, dona de si
Uma linda e singela flor
Só precisando de um pouquinho de atenção...

André Luiz Costa de Carvalho - 25/11/2011

(Para Silvia)

quinta-feira, novembro 24, 2011

Revolta dos Materiais

A nova carne é de plástico
Permeando o vivo
Resguardando o delicado
Isolando o externo

Os corações, feitos de pedra
Sem calor, nem conforto
Só seguindo o script
Para não trincar

As vontades, folhas de papel
Mudando de lado com o vento
Sem valor, nem histórico
Simplesmente imediato

O sorriso, apagado
Como uma lanterna sem pilhas
Não cativa, não atrai
Mero formalismo

Os olhos, somente vidro amorfo
Somente refletindo, nunca projetando
Blindagem contra invasores
Da Terra Santa pessoal
 
Os princípios, inexistentes
Ora, pra quê?
É exigir demais
Querer ser único...

André Luiz Costa de Carvalho - 24/11/2011
Eis a vida
Inevitável, dolorosa
Magnâmima em relação aos seus elementos
Em um nível de complexidade inalcançável

Alegria para uns, tristeza para outros
Valores que se intercambiam indefinidamente
Conduzindo alguns a completude sublime
Enquanto outros a plena ruína

A vida é dura
Sobretudo aos orgulhosos
levando a descobrir o que realmente tem valor
O que realmente importa

Ignorando dor, sofrimento
Se concentrando no aprendizado
Mas dando leves momentos de fuga
Para uma euforia fulgaz...

André Luiz Costa de Carvalho - 24/11/2011

segunda-feira, novembro 07, 2011

O caminho não escolhido

Num bosque amarelo dois caminhos se separavam,
E lamentando não poder seguir os dois
E sendo apenas um viajante, fiquei muito tempo parado
E olhei pra um deles tão distante quanto pude
Até que se perdia na mata;

Então segui o outro, como sendo mais merecedor.
E vendo talvez melhor direito.
Porque coberto de mato e querendo uso
Embora os que passaram por lá
Os tenham percorrido de igual forma,
E ambos ficaram essa manhã
Com folhas que passo nenhum pisou.

Oh, guardei o primeiro para outro dia!
Embora sabendo como um caminho leva pra longe,
Duvidasse que algum dia voltasse novamente.

Direi isso suspirando
Em algum lugar, daqui a muito e muito tempo:
Dois caminhos se separaram em um bosque e eu...

Eu escolhi o menos percorrido
E isso fez toda a diferença.

Robert Frost, 1916

segunda-feira, outubro 31, 2011

LÁPIDE
 
Esse lugar fechado.
Cubículo sem janela.
Pequena grade no alto,
muito alto.
 
Essa latrina,
esse buraco.
Cheiro de fezes,
cheio de esgoto.
 
Essa cama,
essa lápide.
Gelada e rígida,
feito a morte.
 
E as paredes
que de pedra
me cercam,
são mundos...
submundos.
 
Não há saída.
Não para fora.
Há saídas para dentro,
inconscientemente
contar o tempo.
 
Um para sempre
já sabido.
Enquanto houver vida
nesse decrépito corpo.
 
Um dia após o outro.
 
(Janaína da Cunha Soares/Hyanna – 10/06/2009)
POSSO QUERER
 
Quero evaporar de sua face
num dia de sol...
transformar-me em molécula livre
em pleno ar. E depois ser nuvem...
cair feito chuva molhando a terra.
 
Quero umedecer as asas da joaninha,
escorrer nas folhas da parreira
e gotejar em seu vistoso fruto.
 
Quero tornar-me arco-íris...
Atiçar as borboletas e fazer
os pássaros gorjearem mediante o chuvisco
com seu aroma peculiar.
 
Quero um pouco de vento pra temperar,
mas nada além de um pouco...
o suficiente para desalinhar seus cabelos.
 
Quero um cavalo galopando
em meio aos campos de trigo...
e o som das cigarras por toda parte.
 
Lá longe um casebre e um garotinho,
de camisa branca e suspensório,
carregando ao colo um enorme gato amarelo.
Quero ser aquele sorriso infantil
e vê-la sentada à porta apreciando
tão sublime instante da Natureza.
 
(Janaína da Cunha Soares/Hyanna – 17/10/2011)

sexta-feira, outubro 28, 2011

Hoje me senti fraco
Como se não suportasse mais essa realidade
A solidão batendo em minha porta
Querendo definitivamente entrar

Sinto minha alma em pedaços
Como se algo estivesse errado
Tudo perdeu o sentido
E me vejo imerso em escuridão

Mas talvez alguém se lembre de mim
Num momento que esteja livre
Mesmo que seja somente por uma fração de segundo
Mesmo que seja só uma pontinha de luz...

André Luiz Costa de Carvalho - 28/10/2011
Flor do campo,
Cujo sorriso derrete as mais vastas geleiras
E o olhar atrai como terra rara
Como um campo irresistível...

Sua beleza não é só vista pelos olhos
Mas vai além
Adentra o corpo, até o coração...
Pois só ele é capaz de realmente entendê-la


Sua delicadeza é como mel
Escorrendo pela boca
E o seu nome, sabiamente escolhido
Realmente descreve sua dona...


Pena que esteja tão longe
Em outro mundo, outra realidade
Só te observo ao longe
Apreciando sua luz...


André Luiz Costa de Carvalho - 28/10/2011

(Para Bárbara Flor)

quarta-feira, outubro 12, 2011

Cheguei sem forças, carregado
Pedi ao elemento que traz a vida que me equilibrasse
Ela respondeu, me tocando vagarosamente
Envolvendo todo meu corpo


Depois, sentei-me ao jardim
Senti a energia vindo do fogo superior me tocar
Seu calor adentrando meu corpo
Recarregando as energias faltosas...

Tive companhia do vento
Sempre alegre, comunicativo
Sempre dizendo "Não se preocupe, as coisas são assim"
Protegendo um filho de seu próprio ventre

Toquei a terra, com minhas mãos e pés
E deixei que ela me purificasse
Recebesse todo o meu negativo no seu vasto tamanho
E me permitisse ter mais um dia sublime...

André Luiz Costa de Carvalho - 12/10/2011

quarta-feira, outubro 05, 2011

Verdadeira Paixão

Enquanto reflito sobre o mundo
Incertezas nascem, lentamente
Dinamitando o que construí em uma vida
Ignorando meus anseios
Subjugando meus princípios

Desculpe pelo meu jeito desajeitado
Eu só queria te deixar confortável
Não se preocupe, não tenho pressa...
Prefiro não ser tão incisivo, direto
Quero realmente conhecer o seu mundo
E ter algo a te oferecer do meu

Eu só queria ter algo real
Que fosse realmente verdadeiro
Enquanto tenho certeza disso
Enquanto ainda sou um eco de voz...

André Luiz Costa de Carvalho - 05/10/2011

sexta-feira, setembro 30, 2011

A alegria do homem simples

O homem simples não precisa de metáforas
Pois sente o mundo agindo diretamente sobre si
Não precisa encontrar sentido
Nem nas coisas, nem nas pessoas
Só segue sua vida
Caminhando sempre pra frente

Não é letrado, nem científico
Mas conhece os segredos dos elementos e da natureza
Pois lhes dá o respeito que merecem

Não acumula responsabilidades
Só se preocupa em viver
Não se prende a nada, nem a ninguém
Enxerga muito bem o mais simples
E apenas considera que faz parte dele...

André Luiz Costa de Carvalho - 30/09/2011

terça-feira, setembro 27, 2011

Morena

Queria lhe dar um beijo
Mas não daqueles descartáveis
Mas sim o que lhe invade o corpo
Rasgando a carne
Destruindo qualquer parede ou escudo
Que não me permita entrar

Mas você não me permite tocá-la nem com a minha sombra
Mal ouve a minha voz
Se comporta como se ela fosse inteligível

Nada posso fazer, só depende de você
Visualizar algo além de seus ombros e olhos
Se permitir sentir novas emoções
E escolher receber meu calor...

André Luiz Costa de Carvalho - 27/09/2011

(Para Ana Raquel)

domingo, setembro 18, 2011

Amor Impuro

Nos olhamos, de forma arrebatada, irresistível
Numa forma imediata de paixão
Te abraço, te aperto ao máximo
Meu beijo te penetra, chegando ao seu interior
Extraio sua alma através dos seus olhos

Seu coração palpita, cada vez mais rápido
A eletricidade do seu organismo se perde
O cérebro desnorteia-se
A semântica desaparece

Você viaja para outros mundos, outras dimensões
A respiração pesada, a visão escura
Até que uma explosão acontece
Você vê luzes, estrelas

Sua velocidade cai, seu sorriso aparece
Seu corpo goteja, exalando um cheiro de prazer
Mundos e Deuses são criados, espíritos renascem
Medos somem, felicidades são atingidas
E mais uma noite termina sem nenhum entendimento...

André Luiz Costa de Carvalho - 16/09/2011

terça-feira, setembro 13, 2011

Pergunto ao vento qual a resposta
E ele me diz que é muito cedo
Que estou começando errado
Que o problema sempre está na forma

Na forma de ser, de amar
De achar quem realmente merece
De sentir, de estar
De externar realmente o que interessa

De viver com dor, ou simplesmente ignorá-la
Ou de tratar a paixão como uma qualquer
Talvez simplesmente por sempre relembrar
Aqueles momentos tão especiais que tivemos...


André Luiz Costa de Carvalho - 13/09/2011
Canção de mim mesmo
1
"Eu celebro o eu, num canto de mim mesmo,
E aquilo que eu presumir também presumirás,
Pois cada átomo que há em mim igualmente habita em ti.

Descanso e convido a minha alma,
Deito-me e descanso tranquilamente, observando uma haste da
[relva de verão.

Minha língua, todo átomo do meu sangue formado deste solo, deste ar,
Nascido aqui de pais nascidos aqui de pais o mesmo e seus pais
[também o mesmo,
E agora com trinta e sete anos de idade, com saúde perfeita, dou
[início,
Com a esperança de não cessar até morrer.

Crenças e escolas quedam-se dormentes,
Retraindo-se por hora na suficiência do que são, mas nunca esquecidas,
Eu me refugio pelo bem e pelo mal, eu permito que se fale em
[qualquer casualidade,
A natureza sem estorvo, com energia original."

37
"Vós molengões que estais de guarda! Atentai para vossas armas!
As multidões estão nos portões conquistados! Estou possesso!
Incorporo todas as presenças foras da lei ou sofredoras,
Vejo-me na prisão na forma de um outro homem,
E sinto a dor entorpecida e ininterrupta.

Por mim os guardiões dos condenados carregam nos ombros as
[suas carabinas e ficam vigiando,
Permitem que eu saia de manhã e me prendem à noite.

Não há um só amotinado caminhando algemado para a cadeia sem
[que eu esteja algemado a ele e caminhando ao seu lado
(Eu não sou o entusiasmado que vai ali, sou, sim, o silencioso com 
[suor em meus lábios retorcidos.)

Nenhum jovem é pego por furto sem que eu seja  preso junto dele, e
[com ele sou julgado e sentenciado.

Nenhum paciente com cólera dá seu último suspiro sem que eu
[também dê meu último suspiro,
Meu rosto tem a cor das cinzas, meus tendões se retorcem, as
[pessoas se retraem à vista de mim.
Pedintes se incorporam em mim e eu incorporo neles,
Estendo meu chapéu, sento com rosto envergonhado e esmolo."

40
"Ostentação do brilho do sol, não preciso do seu calor - relaxa!
Iluminas apenas a superfície, eu forço as superfícies e as profundezas
[igualmente.

Terra! Pareces procurar algo em minhas mãos,
Dize, velho elevado, o que desejas?

Homem ou mulher, eu gostaria de dizer o quanto gosto de ti, mas
[não posso,
E talvez dizer-te o que há em mim e o que há em ti, mas não posso,
E talvez dizer-te que anseios eu tenho, aquele pulso de meus dias e
[noites.

Atenção, não dou palestras nem faço um pouco de caridade,
Quando dou algo, dou-me por inteiro.

Tu que estás aí, impotente, de pernas bambas,
Abre o lenço que cobre a tua boca até que sopre coragem pra
[dentro de ti,
Abre as palmas de tuas mãos e ergue as abas de teus bolsos.
Não posso ser rejeitado, posso compelir-te, tenho abundância de
[depósitos, tenho-os de sobra,
E tudo que tenho eu ofereço.

Não pergunto quem és, isso não importa pra mim,
Nada podes fazer, nem podes ser alguma coisa diferente do que eu
[te moldar.

Ao escravo dos campos de algodão ou aos limpadores de latrina me
[inclino,
Em sua face direita deixo o meu beijo familiar,
E em minha alma juro que nunca o negarei.

Em mulheres prontas para a concepção, gero bebês maiores e mais
[ágeis,
(Hoje estou atirando a essência de repúblicas muito mais arrogantes.)

A qualquer um que esteja morrendo, corro para alcançá-lo e viro a
[maçaneta da porta,
Viro os lençóis na direção do pé da cama,
Permito ao médico e ao padre que voltem para casa.

Pego o homem que cai e levanto-o com vontade irresistível,
Ó desesperado, aqui está o meu pescoço,
Por Deus, não podes cair! Solta todo seu peso sobre mim.
Eu te dilato com um sopro tremendo, te faço boiar,
Todos os quartos da casa sinto com uma força armada,
Amantes de mim, estorvos dos túmulos.

Dorme - eu e eles vigiaremos a noite inteira,
Nem dúvida, nem doença ousarão colocar um dedo sobre ti,
Eu te abracei, e daqui em diante eu te possuo.
E quando te levantares pela manhã, saberás que o que te digo é
[verdade."

Walt Witman - Folhas de Relva

segunda-feira, setembro 05, 2011

E assim, mais um fragmento cai do meu coração
Não algo inesperado, carente de sentido
Mas de um sentimento de terceiro
Ou simplesmente a falta dele

Quem sou eu pra manipular a vida
Ou controlar quem dentro dela se encontra
Mas as lágrimas me abandonam
Acredito que já começam a faltar


É vida, você continua a me açoitar
E também me ensinar
Por mais que pense que não fui afetado
Algo dentro de mim diz o contrário...

Mais uma tentativa em vão
Como todas, fulgás
Só não paro de me perguntar
Quando tempo ainda devo esperar?

André Luiz Costa de Carvalho - 05/09/2011

domingo, setembro 04, 2011

Às vezes, gostaria de ser superficial
Viver só por mim, não dar a mínima pro externo
Facilitar as relações e sentimentos
Viver sempre o hoje, sem se importar com mais nada...

Mas fui feito com um material diferente
Um raro, estranho
Que não permite um comportamento tão egoísta
Nem ferir os que vivem em volta

Antes eu pensava que era muito ruim
Ter tanto amor a dar, e praticamente não receber
Ser compreensivo, acolhedor
Mas nunca encontrar um abrigo amigo fora de mim

É, é mesmo impossível querer tudo
Assim como é difícil desintegrar o que sou
Apenas sinto que devo continuar
E esperar a vida me presentear...

André Luiz Costa de Carvalho - 04/09/2011
Discurso do Matt (100 Girls)

"Sem você, sou como um cão
abandonado â beira de uma estrada.

Queria presenteá-la. Embora eu não
saiba quando é seu aniversário.

Podemos passar dias perfeitos
fazendo compras, cozinhando.

Não vou fazer piadinhas...
quando raspar os pneus
no meio-fio ao estacionar.

Se morar comigo, limparei
o banheiro toda semana.
Com a língua, se você pedir.

Vou excluir palavras como
"buzina" do meu vocabulário.

Vou amá-la, mesmo que se chame Mimi
e queira que eu diga May-May.

Expelir gases só sob as cobertas
e nas mais urgentes situações.
Farei uma dieta de colesterol.

E não comprarei um carro esporte
na crise da meia-idade.

Seus pais poderão nos
visitar toda semana.
Mesmo que sua mãe
seja uma bruxa.

Seus pais não precisarão ir para
um asilo. Poderão morar conosco.

Declaro, vou separar a
roupa branca da colorida...
e aprender o mistério da lavagem
com água quente e fria.

Nunca vou bufar enquanto
a espero se maquiar.

Se não tiver qualidades, nunca farei
alarde de qualidades que não possui.

Verei com prazer filmes do
tipo "Orgulho e Preconceito".

Vou experimentar comidas
como sopa de quiabo.

Não vou torcer o nariz para os
legumes cujo horrível gosto...
é disfarçado com queijo.

Prometo dizer sempre "sim" quando
perguntar se seu cabelo está bom.

Vou dar novo significado
â palavra "carinho".

Vou ser atencioso e ler
todo dia seu horóscopo.

Vou guardar todos os seus
cartões de aniversário.

E vou lhe escrever cartas
quando estivermos separados.

Não precisará saber onde deixei as
chaves e não deixarei meias jogadas.

Sempre vou tampar o
tubo de pasta de dente.

Não vou usar cuecas
que cobrem o umbigo.

Assim, ele não vai ficar
com fios de algodão.

Quero beijar seu clitóris.
Será a mais apaixonada
experiência íntima que já teve.

Declaro agora que
darei a vida por você.

E, se não ficar comigo...
uma parte de mim
certamente vai morrer."
"Se você tem um coração grande,
Lembre-se de obter a força necessária pra conseguir suportá-lo."

segunda-feira, julho 11, 2011

Entre os lençóis e cobertas
Seu cheiro ainda permanece
Na minha mente
Imagens de seu olhar e sorriso
E mesmo quando você se foi
Parte de você permaneceu em meu espírito...

André Luiz Costa de Carvalho - 11/07/2011

(Para Angélica)

terça-feira, junho 07, 2011

Doloroso é não saber a razão
Dessa tristeza, dessas lágrimas
Essa insignificância
Esse sentimento retido

É não sentir contentamento
De ter um coração vazado
E um espírito atormentado
Que transforma sentimento em lágrima

E assim continua a caminhada
Em busca do tudo e do nada
Do seu lugar, a sua estrada
Daquela que falta...

André Luiz Costa de Carvalho
07/06/2011

segunda-feira, maio 23, 2011

Manual de sobrevivência

Não vá até as pessoas
Você não é bom nisso...

Deixe que elas venham até você
Pois essas serão as que importam...

Não viva por tristeza, viva por alegria
Pelo menos deixe as pessoas pensarem assim...

Saiba que é solitário
Mas deixe algumas pessoas entrarem de vez em quando...

Seja sempre gentil
Receba as pessoas com um sorriso
Pois ele é a chave mestra do mundo...

Sinta a vida, a natureza
Ouça o vento, a água
Eles tem muitas coisas a te contar...

Seja muito, não contente em ser pouco
Viva a vida, como uma estrela
Dê a luz, mas não se embebede com ela...


Ouça todas as vozes do mundo
E talvez você aprenda alguma coisa
E o mais importante de tudo:
Diga sempre sim
Pois o não propaga a tristeza...

André Luiz Costa de Carvalho - 23/05/2011

domingo, abril 17, 2011

"Fui para os bosques viver de livre vontade
Para sugar todo o tutano da vida..."
"Para aniquilar tudo o que não era vida
E para, quando morrer, não descobrir que não vivi"

Henry David Thoreau


As virgens que fazem muito caso do tempo

"Apanha os botões de rosa enquanto podes
O tempo voa
E esta flor que hoje sorri
Amanhã estará morta."

 Robert Herrick

Mudei minha poesia
A tornei mais tocável, menos utopia
Menos idealizada, mas sensação
Mas sem mudar meu interior

Tentando me adequar
Mas sem mudar a essência
Procurando estabelecer
Um sentido, uma coerência

Continuo a ver diferente
Tentando ir além
Observando o colorido
Ao invés de me manter no preto e branco...

André Luiz Costa de Carvalho17/04/2011

terça-feira, março 29, 2011

Calor de momento, emoção
Precipitação, furor, ardor
Alma quebrada, surto incontrolável
Tristeza eterna, culpa inigualável

Tensão, compaixão
Auto-piedade, raiva no coração
Exílio, dormência
Insignificância, desespero

Difícil de existir
Com tantas forças empurrando para todas as direções
Caminhos sinuosos, infelizes
Somente a sua imagem
Continua a existir em mim...

André Luiz Costa de Carvalho
29/03/2011
Megera ordinária
Que me conforta em meus sonhos
E destrói minha realidade

Que me transforma em pedacinhos
Pregados em teu corpo
Insignificantes a seu ver
Puros fragmentos de mim

Te amo, te odeio
Não te tolero, não consigo viver
Envenena minha respiração
Só pensar em ti...

André Luiz Costa de Carvalho
29/03/2011

segunda-feira, março 28, 2011

Poesia
É o ar que respiro
É a água que bebo
É a luz que me ilumina

Mas também é a faca que me perfura
O frio que me congela
A tristeza que me aflinge
A dor que me afeta

É a mãe-natureza
Os espinhos da rosa
O sorriso da bela
E tudo mais que me cerca...

André Luiz Costa de Carvalho
28/03/2011

domingo, março 27, 2011

Amor, personagem algoz
Em toda sua extensão
Nos permite as mais deliciosas experências
E os mais cruéis pesadelos...

Nos faz pensar no momento que estamos sozinhos
E de que realmente precisamos
Adocica o ar que respiramos
E atormenta nossas noites...

O mais intenso calor nos faz sentir
E de frio nos faz tremer
Mas o mais engraçado e maravilhoso
É a necessidade de sempre o conhecer...

André Luiz Costa de Carvalho
27/03/2011
Nos seus olhos
Vejo uma inocência escondida
De trás das máscaras, das histórias
Existe um fragmento triste

Por mais dura que seja
Sempre me olha docemente
Não consigo saber o porquê
Desse seu sorriso tímido

Não consegui detectar seus sinais
Se é que eles existiram
Mas sei o quanto doce e agradável
Essa foma que eu te vejo...

André Luiz Costa de Carvalho
27/03/2011

quinta-feira, março 10, 2011

Dentre todos os outros,
Prefiro ser eu.
Ser frágil, sincero
Sem precipitar ou atacar...

Sentir a respiração
A textura da pele, a forma do corpo
O som da voz
E o gosto do beijo

Tornar-me o carinho
Que sempre é esquecido
Conhecer alguém
Para preencher o que falta

Idealizo em minha mente
Tudo que observei de você
Pois agindo assim
Mantenho você sempre perto de mim...


André Luiz Costa de Carvalho
10/03/2011

(Para Patrícia)

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Porque sem paixão, nada acontece... Nada nasce, nada cresce...

Paixão

Kleiton e Kledir

Composição: Kleiton & Kledir
 
Amo tua voz e tua cor
E teu jeito de fazer amor
Revirando os olhos e o tapete
Suspirando em falsete
Coisas que eu nem sei contar...
Ser feliz é tudo que se quer
Ah! Esse maldito fecheclair
De repente
A gente rasga a roupa
E uma febre muito louca
Faz o corpo arrepiar...
Depois do terceiro
Ou quarto copo
Tudo que vier eu topo
Tudo que vier, vem bem
Quando bebo perco o juízo
Não me responsabilizo
Nem por mim
Nem por ninguém...
Não quero ficar na tua vida
Como uma paixão mal resolvida
Dessas que a gente tem ciúme
E se encharca de perfume
Faz que tenta se matar...
Vou ficar até o fim do dia
Decorando tua geografia
E essa aventura
Em carne e osso
Deixa marcas no pescoço
Faz a gente levitar...
Tens um não sei que
De paraíso
E o corpo mais preciso
Que o mais lindo dos mortais
Tens uma beleza infinita
E a boca mais bonita
Que a minha já tocou...