segunda-feira, janeiro 25, 2010

Eu sou um muro.
Alto, pesado e forte
E de tão inabalável
Recebo trombadas de pessoas
E nem ao menos chego a balançar

As pessoas tentam me alcançar
Utilizam todo seu tempo e força
Mas eu nem ao menos as sinto
Apenas as machuco repelindo suas investidas

Mas agora o interior do muro está se remoendo
Dor e solidão entre seus tijolos
Tristeza servindo de argamassa
Mas mesmo assim ele continua como antes

Por que ser assim?
Por que machucar as pessoas
Que tentam alcançar esse interior?
Preencher essas lacunas com melhores sentimentos...

Mas continuo alto, invencível
Sem reclinar nem um grau
Somente esperando
Meu interior me consumir por completo...

André Luiz Costa de Carvalho
16/03/2009

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