quinta-feira, novembro 24, 2011

Revolta dos Materiais

A nova carne é de plástico
Permeando o vivo
Resguardando o delicado
Isolando o externo

Os corações, feitos de pedra
Sem calor, nem conforto
Só seguindo o script
Para não trincar

As vontades, folhas de papel
Mudando de lado com o vento
Sem valor, nem histórico
Simplesmente imediato

O sorriso, apagado
Como uma lanterna sem pilhas
Não cativa, não atrai
Mero formalismo

Os olhos, somente vidro amorfo
Somente refletindo, nunca projetando
Blindagem contra invasores
Da Terra Santa pessoal
 
Os princípios, inexistentes
Ora, pra quê?
É exigir demais
Querer ser único...

André Luiz Costa de Carvalho - 24/11/2011

2 comentários:

Anônimo disse...

revolucionário, indignado, inconformado... retrato do individualismo

André Badaia disse...

Eu acho que devíamos ser livres, sem necessidade de adequação a uma realidade externa. O ser humano é bonito, criativo, e possui um grande potencial. Nada de se limitar por modismos ou influências de controle.